quinta-feira, 26 de junho de 2008

Goldfrapp, uma descoberta fascinante

Goldfrapp é incrível. Ela muda de personalidade, ambiente, estilo e imagem enquanto o diabo esfrega um olho. E as músicas e clips são sempre fascinantes e magnéticos. Não consigo parar de querer ouvir e descobrir mais e mais... Tem perfil de diva e a serenidade de quem sabe o que quer (fazer ou dizer). Obrigada, primo lindo, por teres regressado, com afinco aos "teus deveres" (já esquecidos).

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Bike Tour Lisboa 2008: Já tenho uma bina!!!

Foi duro, foi muito duro. Deitei-me pela uma e levantei-me pelas seis e meia. Fomos de metro pelas sete e meia para estar na Gare do Oriente pelas oito... e lá encontrámos milhares de pessoas como nós, vestidos da mesma cor, com a mesma vontade, convicção e expectativas.


Quase que adormecemos na fila de espera interminável para o autocarro que nos levaria à Ponte Vasco da Gama e à nossa bicicleta, companheira do percurso de 13 Km que nos propunhamos a fazer naquela manhã solarenga.



Às dez estávamos na Ponte, no lote 10A... e às onze e meia anunciariam a partida.
Tinha um amigo no lote 5 e uma amiga no lote 11.
Ele achou que poderia vir connosco mas não deixavam trazer a bina com ele. Deixou-a lá. Perdeu-a quando lá regressou. A sorte é que no nosso lote tinham sobrado três. E lá conseguimos juntos construir uma bina boa para ele, com uma roda trocada, um selim sem estar rasgado, com pipos e com a garrafinha de àgua em condições.
Apitaram, as televisões passavam por nós bem como os carros do outro lado da ponte sempre a buzinar... Começava o desafio!

Foi duro, duríssimo... questionei-me ainda algumas vezes como é que me tinha metido numa coisa daquelas... Lisboa estava ao longe e não havia hipótese de não pedalar para lá chegar.... mas, graças a esta pequena loucura, iria ter uma bina linda... fiz-me à estrada, com coragem e fé... e com os meus amigos. Sem eles... não teria ido nem conseguido chegar à meta. Obrigada, amigos lindos.
Os meus amigos foram incansáveis!... Estavam sempre por perto e em alerta com tudo o que se passava comigo e com a minha bina. Tive boas surpresas quando descobria que estavam todos juntos mais à frente, esperando por mim. Lindo. Na verdade, tal como disse uma amiga, eu fui a desculpa perfeita para descansar um pouco. ehehe
Eu era a piorzita da equipa. Já não andava de bina desde os tempos de interrail... e já lá vão dez anos... mas safei-me!
Quer dizer, parei muitas vezes...
... ou por causa da sensação de hora de ponta no metro que não sabia lidar, ou por causa do celim que baixava sempre em andamento (três vezes!), ou por causa das mil e uma mudanças desajustadas que punha e que estragavam a correia e não sei mais o quê, ou por causa das dores incríveis que sentia nas pernas e no rabo, ou por causa do esforço surreal que tinha de fazer nas subidas...
Parei várias vezes, mas não desisti!
E até ficámos bem classificados... ainda muita gente chegou à meta depois de nós.
Terminámos pela uma e meia. Fizémos 13 km em duas horas, mas o trânsito estava caótico, não se pode contar o tempo em relação aos kms percorridos... não percebo como é que eles decidiram fazer a partida daquela maneira.
Ora se a competição não interessava, porque não deixarem as pessoas começar a pedalar na Ponte à medida que lá iam chegando de autocarro? Isso evitaria o surreal de tentar andar de bina em hora de ponta, que foi desolador e absurdo.


E como prova de participação, aqui está a minha medalha!
Jolas linda, é para ti, tal como prometido.
E ganhei esta bina vermelha linda, patrocinada pelos CTT, que está aqui na foto em baixo, de pernas para cima. Tirei-a, enquanto esperámos hora e meia pelo partida soar no ar.


Foi uma experiência única e na verdade, completamente radical e dolorosa para mim.
Estou muito orgulhosa de ter conseguido ultrapassar os meus limites e de sentir que a minha bina é o símbolo e o prémio disso.
É que andar de bina 13 km debaixo de um sol abrasador e com 17 mil pessoas ao meu lado, não é o mesmo que dançar salsa no Barrio ou dançar tango numa milonga!
Como prémio, fomos todos na nossa bina vermelha, comer um gelado à Conchanata de Alvalade.
Merecíamos... e soube-nos a gingas!
Agora é só andar de bina por Lisboa e além Lisboa, com os amigos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"A flor maior do mundo", animação do único conto infantil de José Saramago


Eis a adaptação ao cinema do único conto infantil de José Saramago, A Maior Flor do Mundo, por Juan Pablo Etcheverry, que conta com a participação do escritor como personagem e narrador.

Obrigada, primo lindo. Vale mesmo a pena ver.

Tango & Bola



Amanhã às 19h45 há sessão de bola do Euro Portugal - Alemanha e para festejar, de seguida, há milonga do TnR, tudo no "Vendedores de Jornais Futebol Clube", com MM JuanTCapriotti.

Fica na Rua das Trinas, nº 55, na Lapa.

Apareçam!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Lua


Amanhã é dia de lua cheia.
Espero que amanhã a lua encha o meu dia.

"L&L", Teatro da Cornucópia


Tradução Renato Correia
Encenação Ricardo Aibéo
Cenário Joana Villaverde
Desenho de Luz José Álvaro Correia
Interpretação David Almeida, David Pereira Bastos, Luis Miguel Cintra, Ricardo Aibéo, Sara Carinhas, Sofia Marques e Tiago Mateus


Georg Büchner (1813-1837), singular dramaturgo alemão, autor das peças “Woyzeck”, “A Morte de Danton” e “Leôncio e Lena” e da novela “Lenz”, morreu precocemente com 23 anos de idade, vítima de tifo. Foi um dos adolescentes geniais de vida curta, filho único da poesia, ao lado de Lautréamont e de Rimbaud. A obra de Büchner, tão preciosa quanto escassa, só foi reconhecida e dada a conhecer quase cem anos após a morte do autor.
Hoje é considerado, dentro do teatro universal, um génio, um visionário, um percursor do teatro moderno e de várias tendências que se afirmaram no século XX: o Expressionismo, o Teatro Existencialista, o Teatro do Absurdo, etc.
É citado como referência estética tanto por Bertolt Brecht, como por Antonin Artaud (correntes opostas, porém unânimes em apontar a importância de Büchner). Com uma escrita inovadora, altamente poética e politizada, Büchner utiliza em “Leôncio e Lena” a estética do Romantismo para, servindo-se dos seus recursos, a criticar. Utiliza um enredo romântico para fazer uma denúncia demolidora e satírica contra a falta de espírito público e a tirania absurda dos reis, dos governantes. Nesta obra-prima que é “Leôncio e Lena”, anterior a "Rei Ubu" de Alfred Jarry (tão moderna quanto sua sucessora), Büchner criou aquilo que cem anos após ter sido escrita, Artaud viria a chamar de “realidade poética”. (retirado do programa do Teatro da Cornucópia)

Como já aqui escrevi, ir ao Teatro de Cornucópia é, para mim, sempre um prazer e uma enorme satisfação, mesmo quando sinto que estou sentada há mais de três horas no mesmo sítio!...
Foi lá que fui, em consciência, ao teatro pela primeira vez e foi aquele teatro que acolheu calorosamente o grupo de teatro a que orgulhosamente pertenci quando adolescente.
Por maioria de razão, ir lá ver o habitual bom trabalho de desenho de luz de quem muito admiro e estimo, ainda mais satisfação me deu.
A interpretação do senil rei Pedro a cargo de Luis Miguel Cintra é hilariante, brilhante e totalmente convincente. Assim como a dupla de polícias, tipo bucha e estica, mas agora em altura e não largura. Os cenários, figurinos e o desenho do cartaz estão divinos de tanta simplicidade. A boa disposição impera e diverte. O texto é literariamente requintado e bem escrito. Vale a pena ir ver.
Aborda-se, com humor e eloquência, usando como desculpa a fuga a um casamento real arranjado, o tema do poder sobre um povo versus a inércia e apatia na gestão estéril e cansada desse poder, o contraste entre o egóismo inglório de um rei e a escravidão e pobreza do seu povo, o contraste irónico entre o tédio e a ânsia de reforma de um velho rei e os sonhos, aspirações e idealismo de um jovem princípe que quer mudar o mundo e os destinos do seu povo, desobedecendo ao seu destino que acaba por cumprir.
As restantes interpretações são equilibradas, conseguindo todo o grupo uma unidade muito coerente, interessante e divertida.
Recomendo vivamente.

Lisboa: Teatro do Bairro Alto
De 13/06 a 6/07/2008
3ª a sábado às 21:30. Domingo às 16:00

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Hoje é a noite rainha de Lisboa...sardinhas, imperiais, marchas, arraiais, mangericos, bailaricos, casamentos e a alegria de um povo...

..... lá vai Lisboa!



..................................................... Um brinde a Lisboa!



Assim como hoje, na noite de Santo António de Lisboa, "biliões" de pessoas se cruzarão e espalharão, em várias línguas, caras e cores, pelas ruas e bairros de Lisboa, em amena tagarelice, falando de tudo e de nada, bebericando aqui e ali, trocando segredos e abraços, assim também neste fabuloso site se descobrem milhares de caras, histórias e testemunhos...



E assim lá vai o mundo... é uma pérola este site, não é?

Maratona Fotográfica Digital de Alfama - 28/06

Uma iniciativa bem gira... uma amiga minha foi no ano passado e adorou!

A inscrição é € 10 até dia 20 de Junho e dp, fica por € 15. Sobre isso, http://blog.app-alfama.org/. Na verdade, ainda não decidi se vou... mas se pudesse, ia sem hesitar!

Uma vez ganhei o segundo lugar e uma menção honrosa num concurso fotográfico da GEOTA e da IPJ... mas não foi bem pelo talento, confesso... mas pela persistência porque, ao contrário de todos os outros concorrentes, aceitei o desafio de fotografar mesmo debaixo de chuva!

A sorte é para os audazes, verdade?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Qual é a interpretação do "Meu céu", ouvi eu... e devolvo-vos a pergunta, se souberem responder



Ontem fui com uma amiga ver este espectáculo de rua no Castelo de S. Jorge de Clara Andermatt (Festival Alkantara) e no meio de todo aquele cenário natural magnifíco mas absurdo... um mundo que fazia lembrar os olherápos da Expo... espécies esquisitas, feias, loucas e desconfortáveis, rastejantes e um saltitante gigante (curiosamente, era o meu professor de kizomba...), no meio de sons de piano, de vozes em sofrimento e em chama, de guinchos, intervalados por uma voz cândida de canto lírico que chegava pelo ar, por cima das oliveiras, no meio de coreografias concentradas de velhos e velhas, vaidosos pela causa que cumpriam, que cantavam músicas, repetiam trejeitos ou expressões ou uivavam cúmplices, com paus e abóboras na cabeça, ouvi uma senhora perguntar-me o que poderia querer dizer tudo aquilo.
Sorri e disse que essa era a questão da performance...
Mas a verdade é que também nós viemos para casa com essa dúvida. Regressámos a casa a falar e a rir sozinhas, intrigadas com aquela pequena loucura plástica cómica-absurda.
Alguém foi ver? Alguém dá uma ajuda a interpretar?
O que terá sido? O contraste do bem sobre o mal, o paraíso versus inferno, o que era ou o que pretendia ser? Quem consegue ler o pensamento/coreografia de Clara Andermatt?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Bike Tour Lisboa 2008

Já andos nos treinos... virtuais. ;)

O desafio será já daqui a poucos dias... 22 de Junho 2008, na Ponte Vasco da Gama.

Temos de levantar os dorsais na Feira BTL entre 18 a 21 de Junho.

Uma amiga pediu-me para espalhar a notícia que pôs o seu bilhete à disposição... se quiserem ocupar o seu posto, é só enviar em comentário, o vosso email e eu prometo que farei chegar o vosso contacto ao email dela.

domingo, 1 de junho de 2008

BAHOK e agradecimentos








Adorei o Bahok do Akram Khan, ontem, no CCB, pelas 21h...
conforme prometido em privado, gostava muito de agradecer publicamente a quem me proporcionou tal descoberta e experiência....

Obrigada, Gabas linda.
....
E já agora, não fica nada mal agradecer ainda:
Akram Khan
Companhia de Bailado do Akram Khan
Companhia Nacional de Bailado da China
CCB
Festival Alkantara
e por fim, aos meus amigos, companheiros de fila e de viagem ao mundo dos movimentos artísticos genialmente criados, que tocam a alma do viajante que se predispõe a fazer aquela viagem, que falam a língua universal dos homens, que espalham uma mensagem, que cada um de nós interpretará à sua maneira mas que no fundo, poder-se-ia, talvez, resumir em três ou quatro palavras: paz, amor, mundo, precisa-se.
Um espectáculo que me imobilizou e aqueceu a vista, os ouvidos e o coração.
Gostei também muito da música.
O tempo voou...
Quando se vive momentos felizes, é sempre assim, não é?
Não consegui parar de olhar, beber, escutar, gravar, sentir, guardar, viver um sonho de pés e mãos entrelaçados e agitados.... um espectáculo lindo, que espero que não tenham perdido, e que fez jus e fez brilhar, amar, respeitar, viciar e reinar a dança no mundo.