terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Analogias

LOL.... e esta, hein?...
Costuma-se dizer que "a brincar, a brincar, vão-se dizendo as verdades"....
Terá um fundo de verdade o que vem nesta brincadeira que recebi por email? ehehe...
O que vos parece?
Ora bem, o que me apraz dizer é que cada caso é um caso. Este será o meu comentário politicamente correcto.
O outro, que já não o é, concorda convictamente com a verdade da brincadeira das analogias.... ehehe...
Tinha a sua graça se o universo virtual masculino se manifestasse - com verdade e até mesmo, se necessário, sob a veste do anonimato - sobre o ponto supra exposto.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Amanhã esperam-me mais de 800 Kms num dia...



Amanhã Alijó espera-me.... e com ela, mais ou menos 800 kms de ida e volta.
Espero que consiga ditar bem a minha missa e que regresse bem disposta e anestesiada de satisfação por ter conseguido cumprir os votos de paz que carrego, defender a verdade da partilha de uns euros valentes e pedir a devida justiça para a parte de quem lá me levou... e não estou a falar da Rede Expressos, claro.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

"Expiação" e o estrago de um erro "inocente"



Ontem fui ver este filme Atonement, "Expiação" na tradução portuguesa.
Já tinha ouvido falar maravilhas como também tinha ouvido que não era "nada de especial", mas a verdade é que foi nomeado para melhor filme e melhor banda sonora original nos Globos de Ouro... fui tirar as teimas.
A Time Out também diz alguma coisa... mas cuidado para quem não viu e ainda quer ver, porque diz tudo.
Gostei muito desta segunda obra cinematográfica do jovem realizador do "Orgulho e Preconceito", Joe Wright bem como dos actores (Keira Knightley e James McAvoy), da fotografia e do argumento.
O que mais me assustou (e assusta) é que tudo aquilo podia (e pode) acontecer a qualquer um de nós.
Qualquer um de nós pode ser vítima de um erro "não censurável" alheio ou de acusação aparentemente "inocente" mas falsa, que pode ser o suficiente para destruir a nossa felicidade para sempre.
Também já fui vítima de julgamentos alheios públicos ou confessados, umas vezes com relativa lógica de fundamento, outras completamente infundados... mas até aqui tenho a convicção que essas cruéis condenações, não estragaram a minha felicidade... mas será isso controlável?
Nesta história, não foi... e o drama é que em princípio, não é.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Dramas da vida de quem sofre e de quem tem sorte em na verdade nada sofrer


Hoje não me apetece ir à salsa.
Sinto-me murcha, sem energia. Por isso, decidi não ir e escrever este post como desabafo.
Tudo à minha volta anda num reboliço.
As pessoas estão todas doidas e o tempo não ajuda.
Ontem a mãe de uma pessoa que conheço bem suicidou-se, morreram lisboetas por causa da tempestade de domingo, chovem divórcios de pessoas que ainda se amam, pedidos de incumprimento e de alteração de pensões de alimentos miseráveis que mesmo assim, os pais teimam em não pagar, penhoras de vencimentos em execuções por dívidas e por alimentos, telefonemas e pedidos de ajuda, de desabafo e de atenção, de quem não tem ninguém que as ouça ou que lhes dê os bons dias.
Também não ajuda ter de preparar um julgamento para quinta sobre um crime de maus tratos domésticos, um drama diário prolongado durante 20 anos... é irónico ter sido eu, uma miúda, a aconselhar uma graúda a perder o medo e sair de casa.
Isso foi já foi há uns anos quando recebi o caso... Agora ela está bem, já vive com um namorado... mas não ultimamente, não tem dormido bem porque se aproxima o dia do julgamento. Ontem quase chorou de novo ao telefone... temos de ir a tribunal e ela naturalmente tem medo de o encontrar sozinha no corredor... além disso, não quer reviver tudo de novo... ainda por cima, à frente dele e de todos nós.
Às vezes, não percebo mesmo as leis que temos. Qual é a lógica? Ela é a vítima! Como a obrigam a depor como testemunha de acusação? A prova também consta dos relatórios das urgências!
E quase ninguém se preocupou ou conseguiu ajudá-la nesses momentos.
Teve sempre de suportar sozinha, indefesa às agressões, às injúrias, às difamações do marido aos vizinhos... diz quase tudo se eu disser que o julgamento foi marcado para seis anos depois da primeira queixa...
O Estado nem lhe deu casa quando teve coragem para fugir e enfrentar o medo de ser apanhada pelo "arguido-cônjuge"... a polícia nunca nada pôde fazer senão acumular na esquadra queixas-crime da mesma pessoa contra a mesma pessoa e por causa do mesmo assunto... pois nunca foi flagrante delito... tudo se passava em casa e de cortinas bem fechadas.
Fui dando o que pude e o que sabia, o que não foi nada para o que ela viveu no dia-a-dia de um casamento... de medo.
Foi das primeiras oficiosas que recebi... lembro-me que na altura me sentia assustada e desajustada à sua realidade e ao meu papel.
Era uma miúda sem experiência de vida para lidar ou ajudar uma pessoa naquela situação ou com aquele tipo de problema. Sempre que com ela falava, agradecia a minha sorte em ter tanta sorte... pouco ou nada sabia dizer, fazer ou dar de conforto, mas mesmo assim ela ainda hoje me agradece.
Perante isto, o que dizer dos meus dramas diários?... patéticos, claro!
Por exemplo, a maldita Emel... que inferno!...
Odeio a EMEL, odeio aqueles verdes homens ambulantes de máquina na mão, sempre prontos a disparar... nunca pensei sentir ou verbalizar isto assim... mas é a pura verdade, não nutro por eles mesmo nada de bom.... acreditem. Se eu fosse Presidente da Câmara de Lisboa, extinguiria a EMEL, mesmo sabendo o jeito que dá na amortização do empréstimo da Câmara!
Por cautela e em busca da minha tranquilidade diária, ando agora a pé e de metro... para não ser bloqueada... para fugir à renda diária de dezenas de moedinhas amarelas que quase nunca tenho na carteira. Quem tem?
Eu sei, eu sei... posso aderir ao método da raspadinha... mas não me rendo! Prefiro andar a pé e usar os transportes públicos! Não é essa a teleologia da existência da EMEL? Que assim seja!
Andei toda a semana passada, em sprints anti-Emel e a espreitar freneticamente pela janela por causa do carro.
A parte gira... é a cumplicidade e a solidariedade que se cria entre "colegas de carros estacionados sem pagar"... cheguei mesmo ao ponto de um dos meus colegas de escritório me mandar pelo ar a chaves do carro dele e 0,50€! Safei-o... o homem verde já se aproximava com um sorriso vampiresco.
Ao que se chega.... pagar para ter o carro estacionado na via pública... que loucura, que abuso!
Hoje é banal pagar para estacionar, para evitar a fita amarela enrolada no nosso carro e a taxa do reboque e do parque da Polícia Municipal.
Já ninguém discute isto... "paga, cala-te e safa-te" é o lema instituído. Que infelicidade.
Ainda hoje pasmo com a resposta da mulher-polícia que recebi quando na semana passada a interpelei, entretida e satisfeita a multar e bloquear os carros aqui em baixo na rua. Disse assim, foi hilariante...: - "Vai ver que agora toda esta rua vai ficar limpinha!". Fiquei bloqueada e sem resposta.
Quid juris?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Reflexão do dia com consequências práticas


Praia da Costa ao pôr-do-sol... praia... mar... àgua e luz...
Luz, Dalai Lama....

Perguntaram ao Dalai Lama o seguinte:
" O que mais te surpreende na Humanidade?"

"Os homens...Porque perdem a saúde para ganhar dinheiro,
depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro,
esquecem o presente de tal forma
que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer...
...e morrem como se nunca tivessem vivido."



Dalai Lama, Budismo.... Budismo e Dalai Lama... Tibete...




P.S.: Tibete,Tibete... em Lisboa, Restaurante Tibetanos. Hummm... adorooooo a comida deste restaurante e recomendo, claro. Aconselho reserva prévia e a escolha do menu tibetano (menu tibetano =sopa ou salada, tisana ou àgua, prato do dia ou prato simples, sobremesa do dia e café ou tisana), porque é apenas € 11,50 ou 12,50, consoante almoço ou jantar. Podemos experimentar de tudo um pouco daquelas iguarias vegetarianas do dia a um preço normal de uma refeição banal num restaurante português. Podemos escolher jantar lá fora, no jardim.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Aprender é viciante e compensa sempre


Agora ando outra vez na "escola" à 5ª, à 6ª e ao sábado... cursos diferentes e em escolas diferentes.
Custa-me um bocadinho mas sinto sempre que compensa.
Custa chegar a casa pelas onze da noite ou acordar ao sábado pelas nove da manhã. Mas compensa, porque saio das aulas sempre com a consciência que valeu a pena o esforço.
Ontem, graças ao meu curso de Direito na Cultura, com a Madalena Zenha, no Forum Dança, até conheci o Diogo Infante!
Ele é como eu imaginava. Fascinante. Tem muita pinta, inteligência, graça... e mil e uma histórias giras para contar.... sobre direitos de autor como actor -titular de direitos conexos - e agora do outro lado, como director artístico do Teatro Maria Matos e em colaboração com a EGEAC, na atribuição das remunerações pelos direitos de autor dos argumentistas das peças de teatro que lá estreiam.
Este curso está a ensinar-me a prática (que eu sempre desejei saber) de como ajudar os autores a proteger as suas "criações intelectuais, exteriorizadas de qualquer forma, do domínio literário, artístico e científico e desde que sejam originais" - repetimos todas as aulas esta oração no início.
Todos os direitos de autor e direitos conexos registam-se na IGAC, pelo próprio ou por advogado.
Logo, a S.P.A. não é obrigatória... é apenas uma sociedade de gestão colectiva dos direitos de autor dos autores e artistas, isto é, que gere em massa os direitos de todos aqueles que representa. Tem mais força mas já ouvi muito "ruído" sobre ela.
Em 2004/2005 já tinha feito na minha faculdade um estudo nesta àrea mas foi demasiado teórico.... saí desse curso com a noção que de facto, nada sabia sobre Direitos de Autor e Direitos Conexos e com a vontade de saber.
Graças à pressão de uma amiga para experimentar este curso no Forum Dança, conheci este curso e decidi experimentá-lo.
Estou muito contente por ter descoberto este novo mundo, prático e real.
Nem dou pelo tempo passar... quando olho para o relógio já são dez da noite... passam 4 horas num àpice! É pena o curso ser só no mês de Fevereiro....
Sinto-me fascinada por estar a entrar em contacto com o dia-a-dia jurídico dos criativos, na vertente prática dos seus direitos morais e patrimoniais como também na vertente humana, porque os meus colegas não são da minha àrea, são arquitectos, encenadores, produtores fonográficos, bailarinas e designers e todos os dias partilham as suas dúvidas e dificuldades.

Ainda muito tenho para aprender... por exemplo, ainda não sei bem o que são os creative commons, sei apenas que isso é a protecção do direito intelectual exclusivo do mundo intelectual virtual... a ver vamos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"A Floresta" da Cornucópia


Na semana passada, fui ver "A Floresta" no Teatro da Cornucópia, de Aleksendr Ostróvsk, encenado por Luis Miguel Cintra.
Mais uma vez, não me arrependi de lá ir... mesmo tendo a peça a duração de três horas e meia.
Já há muito que sou uma crente e peregrina da Cornucópia... cheguei mesmo a pisar o honroso palco da Cornucópia uma vez, em substituição da actriz que fazia de vizinha que teve de faltar naquele dia, na peça "O dia de Marte" de Edward Bond que lá estreou em 1995, pelo 4º Período-O-do-Prazer. Confesso que fiquei muito nervosa e que para mim, foi inesquecível.
Foi muito bom ir com amigos que remontam a esses tempos da minha adolescência.
Gostei imenso da interpretação de António Fonseca, um verdadeiro e genuíno homem do campo que diz as verdades com honestidade e entoação viva, de Márcia Breia, que representa como uma rainha o seu papel de viúva rica, de Luis Miguel Cintra, que consegue colocar-se em posições fisicamente inacreditáveis, dando o toque real e cómico à sua personagem e da Rita Durão, a sobrinha sem eira nem beira, à partida condenada aos caprichos da sua tia, a viúva rica que decide ceder à tentação de comprar com a sua fortuna a idade de um noivo e o "sim" ao seu sonhado casamento, que na verdade, não passa de um "sim" interesseiro e pouco amado do seu noivo, um rapaz burro, tótó e pretencioso, muito bom este actor que não sei o nome.
Recomendo, claro.
Lisboa: Teatro do Bairro Alto. 10/01 a 17/02/2008
3ª a sábado às 21:00. Domingo às 16:00 Bilhete: € 15

"Cândido..." no Teatro Maria Matos


Ontem fui ver a peça "Cândido ou o Optimismo" de Cristina Carvalhal, a partir de Voltaire, no Teatro Maria Matos.
Gostei imenso... do texto, da encenação, da cenografia, da luz e dos actores, claro.
Está muito dinâmica, original e bem pensada, encenada e cenografada.
A cenografia é toda feita a partir de caixotes de encomendas para expedição... são inúmeros, servem de labirinto, de cómodas, de caixão, de armários, de barcos, de ilhas, de mesa, de cama, de tantas coisas... e a luz do Daniel Worm d' Assumpção, ajuda a imaginar os mil e um cenários que se criam sempre com as mesmas caixas de madeira.
Adorei uma parte, logo no princípio, em que todos os actores, estão colados uns aos outros, rodando consoante a interpretação, com velas, chapéu de sol, bandejas e copo de cerveja, em cima de um reduzido quadrado de madeira.
A aparição da rainha dos búlgaros (Catarina Requeijo) também foi surpreendente, fisicamente bem resolvida e bem interpretada.
Gostei, mais uma vez, das interpretações brilhantes do Gonçalo Waddington, que consegue sempre surpreender-me.
Ele é incrível em todas as personagens que aí interpreta. Na mesma peça, é um criado com mordomias e requinte, depois, um exemplar general de guerra, fiel à sua pátria e à sua missão, que grita "mantras" militares com fúria e convicção, depois, um clérigo da Inquisição, amante dos prazeres e do poder de condenar os outros com ligeireza a tudo o que deseja e só porque lhe convém e depois ainda, um marinheiro/motorista trafulha xico-esperto e ladrão... enfim... mil e uma personagens fabulosamente representadas em pouco mais que hora e meia.
Ainda me lembro bem da peça que fui ver ao S.Luiz em Junho do ano passado - "Quando o Inverno chegar" de Marco Martins e texto de José Luis Peixoto... ele e o Nuno Lopes, fabulosos, como sempre.
Tento nunca perder uma peça onde eles entram.
Sei à partida que valerá sempre a pena o dinheiro que dou pelo bilhete de teatro.
Para ser justa, terei ainda de aplaudir a força e a convicção da representação de José Airosa, a presença forte e psicologicamente volumosa na interpretação de Cucha Carvalheiro e a leveza e graciosidade de Catarina Requeijo.
Recomendo vivamente.
24 de Janeiro a 24 de Fevereiro.Maiores de 12 anos. Bilhetes: 15€ - 7,5€ às 5ªas

Sigur Rós - "Heima"


Não vi ainda este filme... no dia em que ele passou no Santiago Alquimista, estava entre amigas, num curioso e atípico chá de panela luso-brasileiro... mas em breve, irei vê-lo em DVD... pareceu-me lindo e a música divina.... uma amiga disse-me que era maravilhoso e outra avisou-me que era aborrecido...

Espero ver em breve e depois conto-vos. Mas entretanto, alguém já o viu?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

1, 2, 3... e quando se descobre que se contou mal um prazo?

Ai, ai... quis o meu destino só hoje me ter apercebido que afinal o nove era um sete e que Janeiro tem 31 dias.
Com tudo isto quero dizer que afinal o meu prazo para o recurso termina já amanhã... xiiiiiiiiiiiii.... imaginem o que eu sofri... contava com o deadline na segunda, dia 11 de Fev., e afinal é já amanhã!... aiiiii! ui! oi! ai!
Foi a loucura, foi o que há muito não era... lembrou-me os tempos da Faculdade e da adrelina do Ágora....
Uma amiga minha chegou a ir a casa pelas sete da manhã só para tomar banho e mudar de roupa. Eu ficava pelas sestas de meia hora, de cabeça baixa nos braços cruzados em cima da mesa, indiferente ao suor e aflição de todos os que me rodeavam na agitação da consciência de que nada sabiam e que o seu estudo estava colado com cuspo.

Hoje e à semelhança do que fazia na época de orais - há já mais de sete anos que ainda agora julgava ontem -, deixei...
- reinar a astúcia do "disfarçar bem" o que não se sabe com certeza e rigor;
- explorei o estilo verbalizado em palavras, que reflecte na escrita, a confiança presunçosa de um sorriso que muitas vezes, dei com expectativa e estratégia, ao examinador da minha prova oral;
- deixei pousar no papel algo que me fez relembrar o jeito ardiloso que tantas vezes usei nas minhas famosas piadas das orais, que, por nervoso, e sempre sem jeito nem graça, fui culpada e inocente;
- correr tinta, ao estilo do xico-espertismo nacional do "safa-te a ti mesmo e já!".

O que fiz?
Passei o feriado de Carnaval de castigo, em retiro, no meu escritório do príncipio da tarde ao princípio da madrugada... o meu pai chegou-me até a sugerir não dormir... mas isso é uma façanha de que me julgo incapaz.

E escrevo agora este post em glória... carnavalesca, pois então!
Afinal, foi um desafio vencido... e até me diverti bastante!!.. e seguindo a tradição do bom pai de família português, vendo bem.... fiquei até, graças a essa distracção de calendário e da confusão das datas, bem protegida de todas aquelas bombinhas péssimas e clássicas e dos típicos ovos moles podres atirados em alta velocidade e forte anonimato que certamente, me arriscaria a coleccionar, se tivesse andado por aí na "boa vai ela".