quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Desconfio que tenho problemas kármicos com os transportes...





Estive a pensar seriamente sobre os meus episódios com transportes e após uma breve reflexão, desconfio que se calhar não é por acaso...
Relembrando,

Em 1998 fiz um avião esperar mais de meia hora por mim no aeroporto de Zurique.
Depois de muito choro e pedidos de ajuda em francês alto e desesperado, fui escoltada até ao avião, num carro particular do aeroporto, numa pista debaixo de neve, com a lágrima no canto do olho e com as bochechas redondas e vermelhas de preocupação e stress...

Estupidamente, fui às bagagens despachar de novo a minha preciosa mala de viagem onde todo o meu dinheiro estava escondido... ninguém me tinha avisado que a bagagem seguia directamente para o local de destino quando se fazia escala... imaginem o que senti quando o suiço dos Perdidos e Achados delicadamente explicou a situação... com o nervoso, troquei o número da gate... fui parar às partidas para Londres e depois, andei a correr e em pânico, perdida em labirintos de mangas metálicas a tentar acertar na gate certa... sem qualquer exito, claro.
Não sei o que me teria acontecido se tivesse perdido o avião... estava sozinha sem cartões e sem dinheiro no bolso.

Depois, em 1999, no meu primeiro interrail, achei por bem parar um comboio em Espanha, por razões de segurança e em legítima defesa pessoal e de terceiros... afinal, eu via raios por cima da minha cabeça!... na altura, pareceu-me urgente reagir. O pânico foi tanto que, ao puxar os martelos do comboio, estoirei com todos e bloqueei, sem querer, o comboio. Ficámos todos parados no meio do nada durante horas e fomos todos de pé no próximo comboio durante horas...

Curiosamente, também já parei o autocarro da Vimeca (por uma amiga ter sido atropelada nesse instante).

Também já tive um acidente de viação com um taxi e com um eléctrico ao mesmo tempo debaixo de uma enorme tempestade...

Entre outras vezes, na semana passada, o meu carro pifou à noite na A1. Fiquei sem caixa de velocidades em andamento. Experimentei pela primeira vez e apesar de tudo, gostei de viajar na cabine gigante e alta dum reboque.

Nesta segunda-feira o comboio onde eu ia chamuscou-se... arderam, inexplicavelmente, os freios da carruagem da frente. Gerou-se o mini-pânico e a confusão. Parámos no meio do nada. Cheirava a fumo por todo o lado. Regressámos à estação de Fornos de Algodres. Chegaram bombeiros e electricistas. E passados duas horas, retomámos a marcha a 80 Km/h. Cheguei três hora e meia depois ao meu local de destino.

Tenho ou não uma relação sinistra com os transportes? Será normal? Será crónico? Será kármico?

3 comentários:

clube tsé disse...

Contiuamos a esperar ardentemente pelas viaturas maritimas... com a certeza de que viajar contigo será sempre uma emoção.

.....chá na rua disse...

:) Ui, ui! Vamos experimentar juntas o novo ferry de Tróia, boa? ;) A ver. Beijos.

Jolinhas disse...

quem n vai sou eu...livra!!!