A terra do meu pai tem um blog e a da minha mãe uma termas.
A terra do meu pai fica perto do Rio Douro e das pinturas de arte rupestre e a da minha mãe fica perto da aldeia mais portuguesa mas colada aos nuestros hermanos.
A terra do meu pai fica perto do Rio Douro e das pinturas de arte rupestre e a da minha mãe fica perto da aldeia mais portuguesa mas colada aos nuestros hermanos.
Quando estou na Freixeda, dizem sempre que se vê logo que sou filha do Zé Alexandre e neta da Felizbela, a Lobona.
Quando estou em Monfortinho, dizem o contrário, que sou mesmo filha da Leta e que tenho os olhos e a pele escura do Tó Bonito, o Farragas.
Quando estou em Monfortinho, dizem o contrário, que sou mesmo filha da Leta e que tenho os olhos e a pele escura do Tó Bonito, o Farragas.
O meu pai diz-me que eu nasci para lhe facilitar a vida e que até podia ser primeira-ministra, se quisesse.
A minha mãe ensina-me que uma menina de família deve ser virgem e arrumada.
A minha mãe ensina-me que uma menina de família deve ser virgem e arrumada.
Concluo que sou mistura bem feita e enraízada em expectativas alheias.
Em vez de sentir as raízes em baixo, sinto-as em cima, como nesta fotografia.
Gosto das minhas raízes beirãs e apoio o combate à desertificação.
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Quando estou em Lisboa,
sou minha e consigo ser apenas eu.
2 comentários:
Eu não tenho mistura de raizes, porque só há alfacinhas na família, mas para compensar parec-me que eu serei a primeira a não ficar por cá... Quanto às semelhanças, comigo passa-se o mesmo, se estou com o pai dizem-me que sou a cópia dele, se estou com a mãe, a dela. Tamém na forma de ser, gosto da mistura resultante, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Deve ser das filhas únicas, somos todos os irmãos numa só!
Catarina
Ena, Catarina... bem gira essa perspectiva! Nunca tinha pensado nisso assim. É curioso... mas aposto que seria ainda um stress acrescido para nós, filhas únicas! Não sei se quero ir por aí... ehehe. Beijos.
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