Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis
Fernando Pessoa é um mundo onde eu me perco e reconheço que ainda sou uma miúda, porque tenho quase tudo por descobrir ainda.
Em breve irei ver o "Turismo Infinito" de Ricardo Pais... estou a preparar-me.
Teatro D. Maria II - Sala Garrett - 11 de Jan a 26 de Jan 2008
P.S.: Para os curiosos em astrologia, descobri este mapa astral dele num site brasileiro.
Fernando Pessoa (13.6.1888, 15h20 - Lisboa, Portugal) expressa com bastante propriedade o arquétipo geminiano. O genial poeta não apenas criou para si diversos heterônimos, cada qual com uma personalidade poética e até mesmo um mapa natal próprios (Pessoa era um estudioso da Astrologia), como também deixou poemas que apenas um geminiano seria capaz de escrever. Fernando Pessoa tinha Sol, Vênus, Netuno e Plutão em Gêmeos.
Mas preferi fazê-lo de novo no programa habitual e gratuito que uso para a astrologia - http://www.astro.com/ - porque para mim, ali a leitura fica mais fácil.
Teatro D. Maria II - Sala Garrett - 11 de Jan a 26 de Jan 2008
P.S.: Para os curiosos em astrologia, descobri este mapa astral dele num site brasileiro.
Fernando Pessoa (13.6.1888, 15h20 - Lisboa, Portugal) expressa com bastante propriedade o arquétipo geminiano. O genial poeta não apenas criou para si diversos heterônimos, cada qual com uma personalidade poética e até mesmo um mapa natal próprios (Pessoa era um estudioso da Astrologia), como também deixou poemas que apenas um geminiano seria capaz de escrever. Fernando Pessoa tinha Sol, Vênus, Netuno e Plutão em Gêmeos.
Mas preferi fazê-lo de novo no programa habitual e gratuito que uso para a astrologia - http://www.astro.com/ - porque para mim, ali a leitura fica mais fácil.
Gostaria de convidar quem perceba um pouco de astrologia a arriscar a sua interpretação do mapa astral de Fernando Pessoa. É um desafio bem giro! Quanto tiver mais tempo, prometo acrescentar a minha interpretação.
6 comentários:
a peça é genial.
eu adorei.
não és miuda nenhuma, és uma mulher, uma grande mulher amiga, e Fernando Pessoa não existe para nos fazer sentir menos do que aquilo que somos, muito pelo contrário.
Eu leio Fernando Pessoa ao acaso, para me reconhecer, nas suas palavras geniais.
:) Ena, Luis El Mau! Que privilégio o meu por ter recebido tamanho galanteio, assim em público e virtualmente para sempre Também gostei muito da peça, como previa. Fernando Pessoa é genial e Ricardo Pais também esteve muito bem. Beijos.
Procuro o mapa de Pessoa faz algum tempo...fiquei muito feliz de vê-lo aqui. Obrigada!
Olá!
Achei interessante este teu tópico, bom trabalho!
Sou um pouco curioso pela astrologia e tudo o que se possa entender por oculto ou espiritualidade, daí a minha curiosidade sobre o desafio para interpretar o mapa de Pessoa.
Já o fizeram?
Cumprimentos,
Bruno
De nada, Palasatena! É para isso que partilhamos virtualente o conhecimento. ;)
Bruno, obrigada pelo elogio. Não quer arriscar a interpretar? ;)
Pessoa In Memoriam
É na extensão das palavras
Que descreves teu tamanho
Na dimensão desta língua
Maquinas o teu engenho
Mestre de alma imortal
Pulverizas o teu eu
Desdobras-te, existencial
Afirmas o que pereceu
Dos sentimentos e mitos
De um povo/língua sentir
Fizestes teus os seus gritos
Assumiste seu porvir
Cantas angustias e medos
Em silogismos reversos
Em Pátria feita de enredos
Pária és... dos próprios versos
Sublime e existencial
Sobes à luz que verteste
Profundo... Mesmo abissal
Todo um futuro escreveste
Oculta, omissa ou distante
Tua voz p'ra sempre soa
Neste planeta de humanos
És simplesmente... Pessoa
Luís Amaral
2010_11_30
Celebrando os 75 anos da morte de Fernando Pessoa
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